16 de outubro de 2013

Gaúchas devem realizar mamografia a partir dos 40 anos

No Outubro Rosa, movimento mundial surgido na década de 90 em Nova York para conscientização sobre o câncer de mama, as mulheres gaúchas são alertadas para a importância da realização da mamografia e do exame clínico para o diagnóstico precoce do câncer de mama a partir dos 40 anos. Enquanto nos demais estados do Brasil a mamografia é indicada a partir dos 50 anos, o Rio Grande do Sul definiu, por lei estadual, que o rastreamento da doença deve iniciar aos 40.
Segundo o coordenador da Seção da Saúde da Mulher da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Fernando Anschau, esta alteração na faixa etária para a realização da mamografia foi motivada pelos dados e estatísticas da doença. "As gaúchas com 40 anos ou mais representam 36% do total de casos de câncer de mama", justifica.
A mamografia é a radiografia da mama e permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial. O diagnóstico precoce é uma estratégia que contribui para a redução do estágio de apresentação do câncer.
"Quando identificado em estágios iniciais, o câncer tem um prognóstico mais favorável e elevado percentual de cura", complementa Anschau. O primeiro passo é procurar o serviço de saúde mais próximo, onde os exames serão solicitados e encaminhados aos locais para a realização.
Ampliação de mamografias
O Rio Grande do Sul possui mais de 250 mamógrafos, sendo 123 do Sistema Único de Saúde (SUS). "A Organização Mundial da Saúde prevê um mamógrafo para cada 240 mil habitantes. No Estado, temos 50 mamógrafos para cada 240 mil, isto quer dizer que temos mamógrafos suficientes", informa Anschau. "O nosso desafio é fazer cada gaúcha com mais de 40 anos chegar a fazer o seu exame de dois em dois anos", ressalta o coordenador da Saúde da Mulher.
Desde 2008, o Rio Grande do Sul conta com um programa de qualidade das mamografias, conduzido pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, administrado pela SES, com resultados positivos ao longo dos últimos anos no controle da qualidade dos serviços que oferecem os exames.
Os registros sobre a realização de mamografias pelo SUS no RS apontam uma ampliação desde 2010, quando foram realizados 280 mil exames. O número foi de 316 mil em 2011 e de 330 mil no ano passado. Em 2013, só no primeiro semestre, foram 197mil exames, devendo chegar a 400 mil este ano.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é considerado um dos mais agressivos e o segundo tipo mais frequente no mundo. No Brasil, as taxas de mortalidade por este tipo de câncer continuam elevadas, provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. No Rio Grande do Sul, anualmente são registrados 80 casos para cada cem mil mulheres, sendo o câncer de mama a causa do óbito de mais de 1,1 mil mulheres por ano no RS.
Sintomas
Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante à casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
A mamografia é um exame deve ser repetido de dois em dois anos.O diagnóstico precoce do câncer de mama permite intervenção oportuna e tratamentos menos mutiladores. Segundo o Inca, quando diagnosticado precocemente, há até 95% de chance de cura.
Desde o dia 2 de outubro, o Palácio Piratini está todo iluminado de rosa a fim de alertar para o combate e à prevenção do câncer de mama. A iniciativa é uma parceria das Secretarias de Políticas para as Mulheres, da Saúde e do Instituto de Previdência do Estado. A iluminação cor de rosa remete à cor do laço que mundialmente simboliza a luta contra o câncer de mama. No Brasil, a ação acontece desde 2002, quando um grupo de mulheres simpatizantes à causa da prevenção do câncer de mama iluminou o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo.

Texto: Assessoria SES 
Foto: Priscila da Silva
Edição: Redação Secom (51) 3210 4305

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