25 de fevereiro de 2015

O que é Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e Rede de Atendimento à Mulher

O conceito de rede de enfrentamento à violência contra as mulheres diz respeito à atuação articulada entre as instituições/serviços governamentais, não-governamentais e a comunidade, visando ao desenvolvimento de estratégias efetivas de prevenção e de políticas que garantam o empoderamento e construção da autonomia das mulheres, os seus direitos humanos, a responsabilização dos agressores e a assistência qualificada às mulheres em situação de violência. Portanto, a rede de enfrentamento tem por objetivos efetivar os quatro eixos previstos na Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres – combate, prevenção, assistência e garantia de direitos – e dar conta da complexidade do fenômeno da violência contra as mulheres.

A fim de contemplar esses propósitos, a rede de enfrentamento é composta por: agentes governamentais e não-governamentais, formuladores, fiscalizadores e executores de políticas voltadas para as mulheres (organismos de políticas para as mulheres, ONGs feministas, movimentos de mulheres, conselhos dos direitos das mulheres, outros conselhos de controle social; núcleos de enfrentamento ao tráfico de mulheres etc.); serviços/programas voltados para a responsabilização dos agressores; universidades; órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela garantia de direitos (habitação, educação, trabalho, seguridade social, cultura) e serviços especializados e não-especializados de atendimento às mulheres em situação de violência (que compõem a rede de atendimento).

Já a rede de atendimento refere-se ao conjunto de ações e serviços de diferentes setores (em especial, da assistência social, da justiça, da segurança pública e da saúde), que visam à ampliação e à melhoria da qualidade do atendimento, à identificação e ao encaminhamento adequados das mulheres em situação de violência e à integralidade e à humanização do atendimento. Assim, é possível afirmar que a rede de atendimento às mulheres em situação de violência é parte da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres, contemplando o eixo da “assistência” que, segundo o previsto na Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, objetiva:

“(…) garantir o atendimento humanizado e qualificado às mulheres em situação de violência por meio da formação continuada de agentes públicos e comunitários; da criação de serviços especializados (Casas-Abrigo/Serviços de Abrigamento, Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Serviços de Responsabilização e Educação do Agressor, Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Defensorias da Mulher, Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher); e da constituição/fortalecimento da Rede de Atendimento (articulação dos governos – Federal, Estadual, Municipal, Distrital- e da sociedade civil para o estabelecimento de uma rede de parcerias para o enfrentamento da violência contra as mulheres, no sentido de garantir a integralidade do atendimento.” (SPM-PR, 2007, p. 8).

A rede de atendimento à mulher em situação de violência está dividida em quatro setores/áreas principais (saúde, justiça, segurança pública e assistência social) e é composta por duas categorias de serviços:

serviços não-especializados de atendimento à mulher – que, em geral, constituem a porta de entrada da mulher na rede (a saber, hospitais gerais, serviços de atenção básica, programa saúde da família, delegacias comuns, polícia militar, polícia federal, Centros de Referência de Assistência Social/CRAS, Centros de Referência Especializados de Assistência Social/CREAS, Ministério Público, defensorias públicas);

serviços especializados de atendimento à mulher – aqueles que atendem exclusivamente a mulheres e que possuem expertise no tema da violência contra as mulheres.

No que tange aos serviços especializados, a rede de atendimento é composta por: Centros de Atendimento à Mulher em situação de violência (Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Núcleos de Atendimento à Mulher em situação de Violência, Centros Integrados da Mulher), Casas Abrigo, Casas de Acolhimento Provisório (Casas-de-Passagem), Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Postos ou Seções da Polícia de Atendimento à Mulher), Núcleos da Mulher nas Defensorias Públicas, Promotorias Especializadas, Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, Ouvidoria da Mulher, Serviços de Saúde voltados para o atendimento aos casos de violência sexual e doméstica, Posto de Atendimento Humanizado nos aeroportos (tráfico de pessoas) e Núcleo de Atendimento à Mulher nos serviços de apoio ao migrante.

Para saber mais, acesse em pdf (1,21 MB) a publicação: Redes de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (SPM-PR, 2011)

Mensagens ofensivas on-line servem como prova e não devem ser apagadas


Mulheres que sofrem agressões virtuais não devem apagar as mensagens de ameaça. Elas podem servir como prova em um boletim de ocorrência ou futuro processo na Justiça.

“A Justiça brasileira aceita plenamente provas eletrônicas”, afirma a advogada Gisele Truzzi, que é especialista em direito digital.

Ela explica que a identificação do agressor é feita por meio de uma ação contra o site em que a ameaça ou assédio ocorreram. Truzzi afirma que, à exceção do Google, que tem a prática de recorrer de todas as ações, as empresas não resistem em fornecer os dados requisitados.

Celi Paulino Carlota, titular da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, diz não ter conhecimento de denúncias sobre esse tipo de ameaça no Estado –o mais comum são tentativas de extorsão com o vazamento de fotos íntimas. Ela afirma que as situações relatadas pelas blogueiras configuram crime e são passíveis de detenção.

“Só quando esses casos e a punição vierem à tona é que [os homens] vão passar a ter medo de fazer esse tipo de coisa”, diz.

Truzzi relata que em todos os casos de ameaça e assédio na internet que atendeu, as vítimas eram mulheres.

No Brasil, uma figura que se expôs pela causa feminista no último ano foi Nana Queiroz, 29, idealizadora da campanha #NãoMereçoSerEstuprada. A ação viralizou após a divulgação de pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em que 26% dos brasileiros concordaram com a frase “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.

“Recebi umas 500 ameaças. Gente que falava que me estupraria com meu marido presente. Ameaçaram minha mãe. Mandaram fotos do local em que eu trabalhava dizendo que eu deveria tomar cuidado”, lembra Queiroz.

Os alertas a levaram a pedir demissão. “Minha empresa não tinha como garantir minha segurança”, diz.

Ela fez um boletim de ocorrência em Brasília, onde morava. Com a denúncia, três homens foram presos –dois menores de idade.

Um deles disse à ativista que o problema era que ela não tinha senso de humor –apesar de suas mensagens falarem explicitamente em estupro, segundo Queiroz. “Antes, mulheres eram ameaçadas por carta. Hoje, as primeiras ameaças vêm pela internet. É necessário criar uma Lei Maria da Penha virtual também.”


Fernanda Perrin e Gabriela Terenzi

Voto feminino no Brasil completou 83 anos nesta terça-feira


Os 83 anos da conquista do voto feminino no Brasil foram comemorados dia 24 de fevereiro. Para marcar essa data tão importante, o Viva Maria promoveu a Semana Chiquinha Gonzaga e abre hoje as comemorações prestando homenagem à mulheres ilustres, como Júlia Barbosa, Leolinda Daltro, Celina Vianna, Nathércia da Cunha Silveira, Antonietta de Barros, entre tantas outras.

O direito do voto feminino no país foi assegurado no Código Eleitoral Provisório Nº 21.076, em 24 de fevereiro de 1932. Essa conquista foi fruto de uma longa luta iniciada antes mesmo da Proclamação da República, quando a gente conseguiu uma aprovação para permitir que, enfim, as mulheres pudessem votar. Até aquela época, somente as mulheres casadas, viúvas e solteiras que tivessem renda própria podiam exercer o direito básico para o pleno exercício da cidadania feminina no Brasil.

Em 1934, felizmente, essas restrições ao voto foram eliminadas do Código Eleitoral, embora a obrigatoriedade do voto fosse exclusiva dos homens. Só em 1946 a obrigatoriedade do voto foi estendida às mulheres. Foram muitas as mulheres que lutaram pela conquista do direito ao voto feminino.

19 de fevereiro de 2015

PSIQUIATRA EXPLICA COMO FUNCIONA A MENTE DE UM ESTUPRADOR



A Turquia tem testemunhado protestos furiosos de mulheres de todas as idades nos últimos dias. Eles foram motivados pela tentativa de estupro e consequente assassinato de uma universitária de 20 anos na semana passada.

Manifestações foram organizadas em todo o país durante o último fim de semana e uma hashtag com o nome da garota, Ozgecan Aslan, foi usada mais de 3,3 milhões de vezes. Mas as redes sociais também explodiram com outras hashtags relacionadas a mulheres revelando suas próprias histórias de abuso sexual.

Num momento em que as mulheres turcas começam a levantar a voz contra o estupro, o abuso e o assédio sexual, a BBC entrevistou a psiquiatra Sahika Yuksel, em Istambul, para tentar entender como funciona a mente de um estuprador.

BBC: Por que homens estupram? O que motiva um estuprador?

Sahika Yuksel: É completamente errado supor que homens estupram por causa de necessidades hormonais. Um homem na rua não estupra uma mulher de qualquer jeito. Sabendo que é algo impróprio, eles tendem a fazê-lo secretamente.

O estupro não é um ato sexual. É um ataque. Trata-se de vencer, de conseguir um objeto – e a mulher é objetificada neste caso. Trata-se de poder. E há também pessoas que sentem prazer com isso.

O estupro é considerado o comportamento mais grave (em relação a uma mulher), isso é verdade, mas não é o único tipo de agressão que os homens cometem.

Quando a violência psicológica, a violência física, a violência financeira, o desrespeito por direitos das mulheres e a discriminação são permitidos e normalizados, também ocorrem estupros.

BBC: A maneira como um homem é criado tem alguma relação com o fato de ele cometer agressão sexual na vida adulta?

Yuksel: As crianças são educadas de acordo com valores que atribuem mais poder aos homens na cultura. A mãe é ensinada a tratar seu marido de maneira diferente e a obedecer a sua dominação autoritária.

Portanto, ela espelha esse comportamento com seu filho e com sua filha. Sabemos que meninas cujas mães enfrentaram violência doméstica tendem a sofrer mais violência em seus próprios casamentos e relacionamentos.

Homens cujas mães apanharam de seus pais têm maior tendência a serem abusivos em seus próprios relacionamentos.

Meninos e meninas são definidos pela sociedade pelo fato de suas mães serem tratadas por seus pais como indivíduos de segunda classe.

Pode-se dizer que é um problema global e que é possível ver traços semelhantes dele em todo o mundo. Mas lutar contra isso é outra coisa.

As mulheres (na Turquia), geralmente, recebem uma educação pior do que a dos homens, e políticos afirmaram diversas vezes que homens e mulheres não são equivalentes.

BBC: Como você lidaria com um indivíduo do sexo masculino que admita ter esta tendência (a praticar estupro) e que procure ajuda?

Yuksel: Ninguém pode mudar se não aceitar que suas ações são erradas e se responsabilizar por elas. Se ele for pego e declarar que não tinha a intenção de fazê-lo, isso não levará a uma mudança de comportamento.

É muito pequeno o número de homens que detectam essa tendência em si mesmos e pedem ajuda antes de serem pegos.

O caminho é reabilitar os que cometem crimes sexuais enquanto eles cumprem suas sentenças na prisão. Toda pessoa tem o direito de ser tratada e reabilitada.

Há muitos programas de reabilitação que tratam criminosos sexuais em todo o mundo, e o risco de reincidência entre os participantes é bem mais baixo do que entre os que não têm nenhum tipo de ajuda na prisão. Esses programas são especialmente benéficos para adolescentes que cometem crimes sexuais.

Gostaria de tocar em um ponto específico nesta discussão: há propostas de castrar criminosos sexuais e de trazer de volta a pena de morte. A pena de morte não é humanitária. Sabemos muito bem que nos Estados Unidos o número de crimes não diminuiu nos estados em que a pena de morte é aplicada. Essas medidas não são impeditivas.

Isso (estas propostas) são as pessoas em cargos altos tentando silenciar as multidões. Sempre ouvimos essa retórica após cada caso de estupro. Mas não estamos falando de vingança. Queremos que nossa sociedade fique tão livre quanto possível do abuso sexual e do estupro.

BBC: O que uma mulher (de qualquer idade) que sofreu violência sexual pode fazer – se conseguir falar sobre o assunto?

Yuksel: Em sociedades ou culturas onde a sexualidade é considerada um tabu e as relações sexuais antes do casamento são condenadas, ataques sexuais quase nunca são denunciados.

Um estuprador sabe bem disso e pode ameaçar as mulheres de contar às suas famílias o que aconteceu. Por isso, ele segue em frente com seus atos ilegais. Ele pode até mesmo chantagear a mulher e contar aos amigos sobre ela para continuar o abuso sexual.

Mulheres que foram estupradas podem buscar o caminho da Justiça, é claro – podem conseguir apoio social e psicológico. Elas também podem conversar com seus amigos mais próximos e confiáveis. A melhor maneira de se recuperar do abuso ou da violência sexual é não ficar calada.

Agressões sexuais podem levar a problemas físicos, doenças sexualmente transmissíveis e a uma gravidez indesejada. Por isso, é muito importante que a mulher violentada seja examinada rapidamente, para que as medidas necessárias sejam tomadas.

Pode haver problemas de curto prazo ou de longo prazo, que precisam ser tratados ainda algum tempo depois do ataque. Seria ideal ter centros para o atendimento de mulheres que sofreram ataques, onde elas pudessem receber a ajuda necessária sem atraso.

Um homem cuja parceira sofre uma agressão sexual pode passar por momentos difíceis e também precisa de apoio psicológico e social.

FONTE: http://noticias.r7.com/saude/psiquiatra-explica-como-funciona-a-mente-de-um-estuprador-19022015

12 de fevereiro de 2015

Nações Unidas lançam campanha por um carnaval sem violência contra as mulheres (ONU Mulheres – 09/02/2015)

Com o apoio institucional das Secretarias de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e do Município do Rio de Janeiro (SPM-Rio), iniciativa traça rota da paquera sem abordagens agressivas e apresenta conteúdos para a internet e para os públicos do Rio de Janeiro, Salvador e Brasília. Coordenada pela ONU Mulheres Brasil, campanha é criação pro bono da agência de publicidade Propeg Comunicação SA. Acompanhe a postagem de peças para as redes sociais no facebook.com/onumulheresbrasil e compartilhe os conteúdos com a hastag #naopercaorespeito

No clima da diversão carnavalesca e da paquera, a campanha “Neste carnaval, perca a vergonha, mas não perca o respeito” come
ça, nesta segunda-feira (9/2), para chamar a atenção de foliãs e foliões sobre a importância de manter a festa livre de assédio e violência. Ao slogan principal, somam-se os comandos “Neste carnaval, perca a vergonha. Denuncie. Ligue 180” e “Neste carnaval, perca a vergonha. Proteja-se. Use camisinha”.

Liderada pela ONU Mulheres no marco da campanha global Pequim+20 “Empoderar Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine!” sobre os 20 anos da Plataform de Ação de Pequim, a mobilização é realizada em parceria com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), o UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS) e a OPAS/OMS (Organização Pan-americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde). Conta ainda com o apoio institucional das Secretarias de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e do Município do Rio de Janeiro (SPM-Rio).

Uma das artes da campanha “Neste carnaval, perca a vergonha, mas não perca o respeito” Arte: Propeg (Foto: Divulgação)

Criação pro bono da agência de publicidade Propeg Comunicação SA e seus parceiros, a campanha atua sobre situações concretas do comportamento da sociedade brasileira, voltando-se a mulheres e homens jovens e adultos que vivenciam o carnaval de rua. Segundo a pesquisa do Instituto Avon/Data Popular, realizada em dezembro de 2014, 96% da juventude considera que existe machismo no Brasil, 53% das mulheres jovens e 49% dos homens jovens aprovam valores machistas e 78% delas já foram assediadas em locais públicos. Além disso, uma outra pesquisa conduzida pelo Ministério da Saúde e divulgada em janeiro de 2015, revela que 45% da população não usa camisinha nas relações sexuais.

“A essência do carnaval é a alegria e queremos que seja assim para as mulheres e os homens que vão brincar e pular carnaval em todo o Brasil. Centramos nossa energia nos 20 anos da Plataforma de Ação de Pequim por meio da campanha “Empoderar Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine!”, para ampliar o alcance da mensagem pelos direitos das mulheres no carnaval brasileiro. Além disso, a campanha orienta a população sobre como identificar atitudes violentas, o que fazer e quais os serviços existentes para esses casos e como se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis, HIV e aids”, explica Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

A campanha – Mulheres e homens fantasiados e vivenciando o carnaval em pé de igualdade. Este é o conceito desenvolvido pela Propeg nas duas imagens da campanha: um homem branco e uma mulher negra trajados com a fantasia de palhaço e um homem negro vestido de abelha e uma mulher branca caracterizada de frevista. Ao fundo, uma legião de foliãs e foliões reproduzem a alegria do carnaval de rua.

Com o mote “Chega bem, quem chega direito”, o fluxograma da paquera traça os caminhos do relacionamento entre mulheres e homens, com cantadas sugestivas e dicas para eles sobre como quebrar o gelo com a gata. No fluxograma, também são indicadas as recusas das mulheres e esses sinais devem ser respeitados pelos homens sem uso de práticas agressivas. É o “bloco que segue”, fim da paquera sem investidas agressivas. No desfecho positivo, o amor de carnaval prevalece com a mensagem “Neste carnaval, perca a vergonha, mas não perca o respeito”.

A outra versão da animação “Ter pegada não é faltar com respeito” volta-se ao homem para ele que compreenda os limites da paquera, enquanto para a mulher incentiva o reconhecimento da abordagem agressiva, constrangimento ou violência e orientação para a denúncia por meio do Ligue 180, da SPM-PR, e do comando “Neste carnaval, perca a vergonha. Denuncie. Ligue 180”. Na saída positiva, é estimulado o uso do preservativo na mensagem “Neste carnaval, perca a vergonha. Proteja-se. Use camisinha”.

Do fluxograma da paquera derivam filme para internet e mídia televisiva gratuita, ventarolas para distribuição em blocos do Rio de Janeiro e cartazes para cerca de 5.000 ônibus da frota carioca de ônibus. Em Salvador, foliãs e foliões do bloco Os Mascarados assistirão ao filme “Ter pegada não é faltar com respeito”.

Na internet, essas peças serão vistas nos compartilhamentos de postagens no facebook e missões especiais pro bono do Instamission, Instagram do Bem e IgerBSB. Uma aba no perfil facebook.com/onumulheresbrasil agregará todas as ações de internet por meio da hastag #naopercaorespeito.

As peças da campanha também serão exibidas para os públicos de Salvador em 10 outdoors e 285 mobiliários urbanos de Brasília, cedidos pela Cemusa, e anúncios bonificados no jornal Destak e na Revista de Desfiles do Rio de Janeiro. Cantadas do bem tomarão as redes sociais das Nações Unidas e parceiros, seguindo a rota festiva do carnaval com respeito aos direitos das mulheres e à vontade delas no momento da paquera.

Ventarola divulga Ligue 180 para foliãs e foliões Arte: Propeg (Foto: Divulgação)

Pequim+20 – Com ação voltada ao carnaval, a campanha global da ONU Mulheres Pequim+20 “Empoderar Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine!”, criada em maio de 2014, resultou na parceria da ONU Mulheres Brasil com a verde e rosa carioca, que estabeleceu 2015 como o Ano das Mulheres na Mangueira como forma de homenagear a trajetória das mangueirenses.

Outra ação de Pequim+20 no carnaval é a campanha “Neste carnaval, perca a vergonha, mas não perca o respeito”, assinada pelas Nações Unidas com o apoio da SPM-PR e SPM-Rio, para conscientizar o público sobre os direitos das mulheres, os serviços de apoio em situações de violência e estímulo ao sexo seguro.

De 9 a 20 de março, acontecerá, em Nova Iorque, a 59ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher com foco em Pequim+20, com a finalidade de obter compromissos concretos dos Estados-membros da ONU para com a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Relatório detalha em números explosão de preconceito na internet em 2014

Discriminação contra nordestinos, racismo e pornografia da vingança tiveram crescimento substancial, segundo Safernet

Se a internet é um espelho da sociedade, está difícil encarar nossa própria imagem de frente. O número de denúncias de racismo e preconceito de origem — sobretudo contra nordestinos e nortistas — disparou no ano passado, segundo relatório da ONG SaferNet divulgado nesta terça-feira, Dia da Internet Segura. Mais de 86,5 mil casos de ódio a negros e outras etnias foram relatados em 17.291 sites, aumento de 34,15% em relação a 2013. Mas foi o cômputo de menções ofensivas a pessoas do Nordeste que viveu uma explosão: 365,46% de crescimento, com 9.921 casos em 6.275 endereços. As páginas denunciadas por todos os tipos de crime somaram 58,717, ou 8,29% mais do que no ano anterior. Delas, algo mais que 7 mil foi retirado do ar.


As eleições presidenciais e a Copa do Mundo tiveram forte influência nos números, segundo a ONG. O pleito presidencial, do qual saiu vencedora Dilma Rousseff, com expressiva votação Nordeste, teve recorde de preconceito de origem. Já o Mundial de futebol se destacou pelo total de denúncias de tráfico de pessoas, outro dos crimes monitorados. Em 2014, 1.821 sites foram associados à questão, crescimento de 192,93% em relação a 2013.

— No dia após as eleições, processamos 10.376 casos de preconceito de origem, a maioria contra pessoas do Norte e do Nordeste — afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet. — Antes, durante a Copa do Mundo, registramos muitos casos de páginas de aliciamento de mulheres, inclusive adolescentes, para a prostituição nas cidades que sediaram o evento.

Para além dos picos relacionados ao evento, o que a explosão no número de denúncias evidencia é o preconceito social e racial profundamente arraigado entre os brasileiros, avaliam especialistas no problema.

— O fenômeno das redes sociais jogou luz sobre um comportamento que sempre existiu no Brasil — analisa Diana Calazans Mann, chefe da unidade de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal. — Nossa cultura é de violência, de discriminação. Antes da internet era mais fácil ocultar o racismo, mas a rede ecoa essa faceta da nossa sociedade. Os internautas precisam entender que a liberdade de expressão tem limites, e um deles é a lei que define os crimes de preconceito.

ATAQUES À MISS CEARENSE

O preconceito contra nordestinos não se restringiu à corrida eleitoral. Fato marcante no ano que passou foi a enxurrada de ataques à Miss Brasil, Melissa Gurgel, natural do Ceará. Após sua vitória, internautas encheram as redes sociais com mensagens discriminatórias. “Miss Ceará é bonita até abrir a boca e vir aquele sotaquezinho sofrível”, escreveu usuário do Twitter, um entre milhares que a ofenderam na época.

O cenário preocupante leva a SaferNet e a Polícia Federal a bolar estratégias para monitorar a rede. Durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, haverá uma coordenação especial para coibir crimes cibernéticos, sobretudo associados a tráfico de pessoas e xenofobia.

— O fenômeno é extremamente negativo, mas o fato de as denúncias terem aumentado mostra que o cidadão está atento — diz Rodrigo Nejm, diretor de Educação da SaferNet. — No caso do tráfico de pessoas, o problema é que existem aliciadores que enganam as vítimas, ocultando a prostituição.

A pornografia infantil continua liderando, pelo nono ano consecutivo, o ranking por número de páginas denunciadas. Em 2014, foram 51.553 comunicações de crime, em 22.789 endereços na internet, dos quais 3.283 foram removidos. Apesar disso, o resultado é comemorado, pois houve uma queda de 8,82% em relação ao ano anterior.

CASOS DE ‘SEXTING’ DOBRAM

Por outro lado, entre os 1.225 pedidos de orientação psicológica que chegaram à SaferNet, 222 eram relacionados ao vazamento de fotos íntimas. O aumento desse tipo de ocorrência foi de 119,8%. As vítimas do chamado sexting são, em sua maioria, do sexo feminino (81%) e com até 25 anos (53%), sendo que um em cada quatro casos envolveu menores. Os casos de cyberbullying foram 177, a maioria com pedidos de ajuda para lidar com situações de humilhações repetitivas pelas redes sociais.

No ano passado, os aplicativos de troca de mensagens anônimas, como o Secret, viraram febre no país. Após inúmeros casos de bullying e vazamento de fotos íntimas de menores, eles chegaram a ser proibidos pela Justiça.

Aliás, o aumento no volume de denúncias foi acompanhado pelo incremento nas ações de repressão pelo governo. Diana explica que a principal mudança foi a unificação das unidades de crimes contra os direitos humanos e de crimes cibernéticos, que trouxe ferramentas mais sofisticadas para as investigações.

Dessa forma, a Polícia Federal lançou no ano passado, pela primeira vez, uma operação contra a pedofilia na chamada web profunda, que resultou na prisão de 54 pessoas.

Hoje, a PF tem cerca de 2.780 inquéritos abertos relacionados aos crimes cibernéticos. O objetivo, explica Diana, é que os internautas comecem a perceber que há punição em tais situações. O aparente anonimato não existe, nem mesmo na web profunda. Ano passado, 126 pessoas foram presas em flagrante, contra apenas 47 em 2012.

— O nosso foco é o uso de ferramentas de inteligência. Os criminosos se sofisticam, mas nós também. Estamos conseguindo pegar o criminoso no momento em que o delito é cometido, o que facilita a fase processual para a condenação — diz Diana.

Sergio Matsuura

Pesquisa aponta que mulheres sofrem agressões mais graves no ambiente online

Nesse universo de vítimas, as mulheres sofrem violências mais graves que homens. 44% dos homens jovens (18-24 anos) foram os que mais sofreram, contra 37% delas. Porém, foram as moças com idades entre 18 e 24 anos que viveram os episódios mais graves: 7% delas sofreram ofensas sexuais, contra 3% deles; 9% das mulheres foram “stalkeadas” (perseguidas na internet), enquanto só 6% dos homens reportaram o mesmo. O dado foi descoberto em uma pesquisa do instituto Pew Research, que entrevistou 2.839 internautas por um formulário online. Desses, 40% afirmaram ter sido vítimas de agressões, enquanto 75% afirmaram já terem visto alguém receber ofensas online.

Fonte: http://agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/metade-dos-usuarios-da-web-ja-sofreu-agressoes-online/

Cuidado! Veja indícios que o amor deu lugar para a obsessão em um relacionamento

Não aceita rejeições - Discordâncias são normais em qualquer relação entre duas pessoas, mas se você sente que o outro tem problemas para aceitar um 'não', fique atenta (o). Pode até não haver maiores problemas em questões banais, mas em assuntos realmente sérios você pode se complicar se tiver que lidar com alguém intransigente. Negocie e nunca 'abaixe a cabeça' para todas as imposições do seu amor

Estar apaixonado é muito bom, mas, como para tudo na vida, há limites. Quando a dedicação à outra pessoa ultrapassa certos limites, é preciso ter cuidado para que o romance não vire preocupação, eventualmente culminando em mágoas ou ferimentos para uma ou ambas as partes. Pode até parecer apenas excesso de amor, mas a obsessão não tem nada de positivo e requer ajuda de um psicólogo ou psiquiatra para ser tratada; veja as principais características que mostram que seu relacionamento não é saudável

Perseguições - É normal querer saber fatos sobre a rotina de seu (sua) parceiro (a), mas a partir do momento em que isso começa a invadir a privacidade do outro, um sinal de alerta tem que ser aceso. Seguir ou perguntar insistentemente por detalhes sobre o que ele (a) está fazendo não só demonstra insegurança como também é uma forma de "sufocamento", pois ninguém aguenta dar satisfações toda hora. Controle o impulso de ficar ligando ou de estar junto da pessoa a todo momento

Não aceita rejeições - Discordâncias são normais em qualquer relação entre duas pessoas, mas se você sente que o outro tem problemas para aceitar um "não", fique atenta (o). Pode até não haver maiores problemas em questões banais, mas em assuntos realmente sérios você pode se complicar se tiver que lidar com alguém intransigente. Negocie e nunca "abaixe a cabeça" para todas as imposições do seu amor

Ameaças de machucar a si mesmo - Jamais ceda a ameaças de "Se você fizer isso, eu vou tomar uma quantidade x de remédios" ou algo do gênero. A situação daquele momento pode até se resolver se você acatar a chantagem, mas lembre-se que o outro pode começar a achar que essa é uma estratégia razoável e fazer isso constantemente. O certo é ajudá-la (o) a procurar ajuda com profissionais capacitados para que esse tipo de atitude nunca mais se repita

Busca constante por motivos para desconfianças - Um relacionamento saudável se baseia em confiança. Portanto, tenha muito cuidado com possíveis motivos para achar que está sendo enganada (o). Não há pessoa no mundo que aguente ser alvo de acusações o tempo inteiro, especialmente se não tiver culpa de nada. Fique atento para não ser iludida (o), mas suas desconfianças jamais devem romper o limite do razoável e virar assunto central na sua relação

Falta de outros interesses - Alguém que vive uma obsessão ao invés de uma paixão não tem outro interesse a não ser a pessoa que diz amar. Isso, porém, não é nada saudável. Claro que a dedicação ao parceiro é um fator importante em uma relação, mas as individualidades devem ser preservadas. Se você percebe que seu (sua) namorado (a) não tem curiosidade sobre temas que nada tem a ver com os dois, é hora de chamá-lo (a) para uma conversa séria

Agressão - É o pior de todos os indícios e deve ser tratado com duas atitudes: denúncia às autoridades competentes e afastamento imediato da pessoa. Nada de achar que foi apenas um momento no qual a ele (a) "perdeu a cabeça" e que isso nunca mais vai se repetir. Pelo contrário: se rolou uma vez e ficou impune, a tendência é que a agressão aconteça de novo. O distanciamento vale, inclusive, para casos de agressão verbal, que jamais devem ser considerados um comportamento aceitável
Fonte: http://entretenimento.r7.com/programa-da-sabrina/reative-o-amor/fotos/cuidado-veja-indicios-que-o-amor-deu-lugar-para-a-obsessao-em-um-relacionamento-12022015#!/foto/1

"Um homem nunca vai poder sentir o que sentimos", diz ilustradora que fez intervenção em propaganda da Skol

Em entrevista ao programa Timeline da Rádio Gaúcha, o colunista David Coimbra e a ilustradora Pri Ferrari discutiram sobre o teor supostamente machista da campanha.

"Um homem nunca vai poder sentir o que sentimos", diz ilustradora que fez intervenção em propaganda da Skol Reprodução/Facebook

Uma campanha publicitária lançada pela Skol para o Carnaval gerou polêmica nas redes sociais. O anúncio com os dizeres: "Esqueci o 'não' em casa" foi colocado em diversos pontos de ônibus de São Paulo. Internautas criticaram a frase, afirmando que ela incentiva o abuso contra mulheres.

Skol vai retirar campanha após acusação de apologia ao estupro

A ilustradora Pri Ferreira, que postou uma foto em frente a peça publicitária e acrescentou a os dizeres "e trouxe o 'nunca'" à frase, falou no programa Timeline da Rádio Gaúcha sobre o ocorrido.

– O ponto de ônibus é na frente do meu trabalho. Não acreditei quando vi. Quis fazer uma intervenção. Chamei uma amiga e, na hora do almoço, fizemos a frase com fita isolante. Postei a foto num gurpo feminista. Elas compartilharam e viralizou.
Gostei que as pessoas reagiram da mesma forma que eu – contou.

Segundo a paulista, a propaganda incentiva o desrespeito às mulheres.

O colunista David Coimbra discordou da entrevistada e afirmou que o sentindo da peça é uma questão de interpretação.

– Quando pegas um anúncio e diz que ele esta incentivando o estupro é um exagero. Acho que não. É um anúncio bem humorado – analisou o jornalista.

– É bem humorado porque voce não é mulher, você não é abusado. Não viveu esse histórico – rebateu a ilustradora.

A apresentadora Kelly Matos saiu em defesa da entrevistada e se emocionou ao contar que sofreu abuso durante um assalto quando tinha 15 anos.

– Concordo com a Pri, não podemos aceitar esse tipo de brincadeira. Não quero que minhas filhas passem pelo que eu passei – disse.

Após a discussão, a paulista concluiu.

– Um homem nunca vai poder sentir o que sentimos. Não existe machismo inverso. A Ambev reconheceu que estava errada e retiraram o anúncio.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2015/02/um-homem-nunca-vai-poder-sentir-o-que-sentimos-diz-ilustradora-que-fez-intervencao-em-propaganda-da-skol-4698981.html

11 de fevereiro de 2015

ONU: Em 70 países meninas são agredidas por querer estudar

Esses ataques à educação das meninas também pode refletir a violência vivida por elas e mulheres em todas as esferas públicas e privadas de suas vidas.
O relatório da ONU aponta que nesses países meninas, pais e professores defensores da igualdade já sofreram algum tipo de agressão em 2009 e 2014  Foto: Eco Desenvolvimento
Ataques contra meninas que têm acesso à educação persistem e, de forma alarmante, aparentam em alguns países estar ocorrendo com mais regularidade", destaca um novo relatório de direitos humanos da ONU que analisa essa questão. O documento, divulgado na segunda semana de fevereiro, mostra que em 70 países meninas, pais e professores defensores da igualdade de gênero na educação sofreram algum tipo de agressão entre 2009 e 2014.

Essas agressões provocam um efeito cascata, impactando as vidas das meninas e comunidades em que elas vivem, e enviando um sinal aos seus pais e guardiões das escolas de que estas não são um lugar seguro para as meninas.Os ataques à educação das meninas acontecem de diferentes formas e, em muitas instâncias, não são motivados pelo desejo de negá-las o direito à educação, mas sim refletem a violência experimentada pelas meninas e mulheres em todas as esferas públicas e privadas de suas vidas, observa o relatório.

As conclusões e recomendações do documento incluem medidas para responder aos contextos sociais, culturais, políticos, econômicos e de segurança nos quais as violações ocorrem.

Ao serem retiradas das salas de aula por causa desses receios ou preocupações com a sua “matrimonialidade”, outras violações de direitos humanos pode ocorrer, como o casamento infantil ou forçado, violência doméstica, gravidez precoce, exposição a práticas daninhas, tráfico de pessoas e exploração sexual e trabalhista.

Envolvimento masculino

As conclusões e recomendações do documento incluem medidas para responder aos contextos sociais, culturais, políticos, econômicos e de segurança nos quais as violações ocorrem, enfatizando a necessidade de melhorar a disponibilidade, acessibilidade, adaptabilidade e aceitação das meninas no sistema de educação, enquanto, simultaneamente, lançam programas para responder às atitudes e práticas discriminatórias culturais e sociais.

Observando que as transformações das estruturas desiguais de poder baseadas em gênero e idade são um processo longo e difícil, o relatório também pede o envolvimento de meninos e homens neste processo de mudança.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/onu-em-70-paises-meninas-sao-agredidas-por-querer-estudar,28ac73a00397b410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html

2 de fevereiro de 2015

Ligação de telemarketing salva vítima de violência doméstica

Mulher que apanhava do marido, não percebeu que havia atendido a uma chamada em seu telefone celular e recebeu policiais após gritar "por favor, não me mate"


Walter Ruck, 33 anos, foi preso por ser flagrado agredindo sua esposa Foto: Mirror / Reprodução
Walter Ruck, 33 anos, foi preso por ser flagrado agredindo sua esposa

Uma vítima de violência doméstica foi salva graças ao ouvido atento de uma atendente de telemarketing, nos Estados Unidos. Enquanto gritava "por favor, não me mate", a mulher que apanhava do marido, não percebeu que havia atendido a uma chamada em seu telefone celular. As informações são do Mirror.
Segundo a publicação, a vítima - que não teve o nome revelado - estava sofrendo violência doméstica dentro de sua casa, em Oregon, com o celular no bolso de trás de sua calça. Enquanto ela se protegia da violência, acidentalmente atendeu a uma chamada no celular. Do outro lado da linha, estava Chamille McElroy, da empresa Americare Saúde e Nutrição, de Las Vegas. 

"A moça do outro lado da linha nunca disse 'olá'. Havia apenas um gemido horrível e escutei ela dizer 'por favor, não me mate'", afirmou a funcionária de telemarketing.

Chamille imediatamente chamou a sua supervisora, Tina Garcia, que ouviu a chamada e chamou a polícia. A vítima não sabia que a polícia estava a caminho de sua casa, quando foi salva. 

Os policiais invadiram o endereço onde estava o telefone e encontraram Walter Ruck, 33 anos, agredindo sua esposa. Ele foi preso e encaminhado à delegacia local.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/ligacao-de-telemarketing-salva-vitima-de-violencia-domestica,23f5fbbc3864b410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html