30 de janeiro de 2015

Pai enterra viva sua filha de 10 anos porque sempre quis um filho e não queria mais ter uma menina

Um pai indiano foi preso por tentativa de homicídio depois de enterrar viva sua filha de apenas 10 anos de idade.

Os moradores da vila Putia, em Tripura, no nordeste da Índia, chamaram a polícia e afirmaram que Abul Hussein estava tentando enterrar a filha no quintal de sua casa.

Quando a polícia chegou, ele tinha amarrado suas mãos com cordas, amordaçou sua boca e a colocou em um buraco com terra até a altura do tórax.

Em declaração à polícia, Hussein afirmou que tentou matar a filha por não suportar mais a ideia de ter uma menina como filha. Disse ainda que se sentia desesperado pelo fato da esposa estar longe de casa e por querer desesperadamente um menino.

Pradip Dey, funcionário da polícia, disse: "Recebemos um telefonema de um morador nos dizendo que um homem estava tentando matar sua filha, enterrando-a viva. Nossa equipe chegou imediatamente a casa e encontrou Rukshena”.

"Nós a resgatamos e prendemos Abul Hussein por tentativa de homicídio. Ele está agora sob custódia judicial até o julgamento", disse.



Depois de enterrar Ruskshena até a cintura sua mãe voltou para casa, mas Hussein escondeu a cabeça da criança jogando uma cesta de palha. Sua intenção era despistar a mãe para que ele pudesse matar a filha mais tarde.

Mas sua esposa achou estranho seu comportamento e pediu ajuda para os vizinhos. Ela comentou com eles que estava desconfiada sobre a falta de amor de Hussein por sua filha.

Quando os vizinhos encontraram Ruskshena enterrada, Hussein foi espancado severamente antes que a polícia chegasse.

Ruskshena foi internada em um hospital local depois de sair do buraco gravemente doente, mas recebeu alta poucos dias depois. Ela agora vive apenas com sua mãe e está sendo protegida por parentes.

Em várias partes da Índia, os pais consideram filhas um encargo econômico enquanto os filhos são vistos como os chefes de família. Eles também são vistos como perpetuadores do legado familiar e são, muitas vezes, claramente preferidos.

A pressão cultural por homens leva a milhares de abortos anuais quando as mães descobrem que carregam uma garota no ventre. Muitas são impedidas de estudar.

Na Índia existem 943 mulheres para cada 1000 homens, o que representa uma preocupação para o governo do país. Visando diminuir os abortos e a cultura de evitar garotas, uma campanha nacional foi lançada para conscientizar a população sobre a importância da presença feminina na sociedade indiana.
Fonte:http://www.jornalciencia.com/sociedade/comportamento/4630-pai-enterra-viva-sua-filha-de-10-anos-porque-sempre-quis-um-filho-e-nao-queria-mais-ter-uma-menina

29 de janeiro de 2015

VISIBILIDADE TRANS E A LUTA CONTRA O ESTIGMA

Até a década de 1970, o termo “travesti” era utilizado no Brasil para designar uma prática eventual: “vou de travesti para o Carnaval”, dizia-se na época. Nos anos 70 e 80, ele passou a nomear um novo tipo de homossexual que transformava seu corpo através do uso de hormônios e da aplicação de silicone com o objetivo de feminizar-se. 

Ao mesmo tempo em que surgia como nova personagem, que não apenas se “vestia de mulher”, mas que encarnava uma performance de gênero feminina cotidianamente, a travesti era marcada pelos dispositivos heteronormativos (medicina, ciências psi, meios de comunicação etc.) como sujeito estigmatizado. Tais dispositivos interpretaram a ambiguidade e a prostituição travesti como sinais de estigma.

Desse modo, a travesti transformava-se em risco ao ordenamento do gênero e da cidade. Ao estigma por não habitar a inteligibilidade de gênero, somava-se aquele por partilhar as zonas inóspitas da sociedade, cuja metáfora da noite, como lugar da vivência travesti, mas também do perigo, parece revelar. Quantos/as de nós ainda não continuam associando travesti e disfarce; travesti e prostituição; travesti e criminalidade?

Contudo, as roupas do estigma não são vestidas de modo passivo pelos sujeitos. As travestis costuraram com novas linhas de fuga antigos modelos de masculinidade e de feminilidade, desenhando ainda novos modos de ocupação dos espaços públicos da cidade.

A luta cotidiana de travestis e transexuais contra o preconceito transformou-se, ao longo das últimas décadas, em reivindicação por cidadania, direitos e dignidade. A instituição, em 2004, do dia 29 de janeiro como o Dia Nacional da Visibilidade Trans (travestis e transexual) insere-se nesse contexto histórico-político de emergência do protagonismo trans e de sua batalha contra os discursos estigmatizadores.

Elias Ferreira Veras

eliashistoria@yahoo.com.br
Historiador
Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2015/01/29/noticiasjornalopiniao,3384557/visibilidade-trans-e-luta-contra-o-estigma.shtml

28 de janeiro de 2015

O ESQUECIDO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA SÓ PARA MULHERES

Campo no leste da Alemanha reuniu mulheres judias, ciganas, prostitutas e ativistas europeias

Auschwitz-Birkenau, Treblinka e Dachau são notórios campos de concentração do Terceiro Reich alemão que se fixaram na consciência humana por causa das atrocidades cometidas com os homens, mulheres e crianças presos neles.

Muitos outros campos são menos conhecidos, como o de Ravensbrück.

Apesar de ter sido um dos primeiros a serem abertos – em 1939, pouco antes do início da guerra, a 80 km de Berlim, em um cenário idílico na costa báltica – e um dos últimos a serem liberados – em 1945 –, este campo de trabalho e, no final, de extermínio, permaneceu às margens da história.

Ravensbrück era exclusivamente para mulheres.

No fim da Segunda Guerra Mundial, cerca de 130 mil haviam passado por suas portas.

Entre 30 mil e 50 mil morreram de fome, de exaustão, de frio ou pelos tiros e pelo gás administrados pelos guardas nazistas.

Campo de mulheres foi um dos primeiros a serem abertos e o último a ser liberado

Várias internas eram judias, mas elas não eram maioria. Havia prisioneiras políticas, ciganas, doentes mentais ou as chamadas "associais" – prostitutas ou quaisquer mulheres consideradas "inúteis" pela doutrina nazista.

"Ravensbrück era uma história com a qual eu havia me deparado e me dei conta de que era quase desconhecida", disse à BBC Sarah Helm, que acaba de publicar um livro sobre o campo de mulheres.

O livro se chama Se isto é uma mulher, uma referência ao famoso livro do escritor italiano Primo Levi Se Isto é um homem, que descreve sua prisão por ser um membro da resistência antifascista na Itália e sua experiência no campo de Auschwitz.

"Assim como Auschwitz foi a capital do crime contra os judeus, Ravensbrück foi a capital do crime contra as mulheres", afirma Helm.

"Estamos falando de crimes específicos de gênero, como abortos forçados, esterilização, prostituição forçada. É uma parte crucial da história das atrocidades nazistas."

Helm diz ainda que, na fase final do campo, muito depois de ter sido suspenso o uso de câmaras de gás nos campos mais ao leste da Europa, uma delas foi construída em Ravensbrück. "Eles levaram partes das câmaras desmanteladas em Auschwitz. Até esse extermínio – no qual morreram seis mil mulheres e que foi o último extermínio em massa da história do nazismo – foi, em grande medida, deixado de lado.

Trabalho escravo

Prisioneiras foram exterminadas em câmaras de gás mesmo depois do fim da prática em outros campos

Selma van der Perre foi uma das internas de Ravensbrück e contou à BBC como eram os dias naquele lugar.

"Éramos despertadas a gritos às quatro da manhã. Em seguida, tinhamos que responder à chamada e nos davam café. Nos deixavam ir ao banheiro e às 05h30 tínhamos que ir trabalhar na fábrica da Siemens, onde pagavam pelas prisioneiras: nós não recebíamos o dinheiro, ele era entregue à SS (força paramilitar nazista)."

"Trabalhávamos por 12 horas e depois voltávamos ao campo. Por volta das 20h nos davam um prato de sopa e dormíamos."

A rotina era recheada de casos de crueldade dos quais pouco se falou. Tragédias que, ao serem contadas por sobreviventes, segundo Helm, fizeram com que ela e também seus tradutores chorassem, como a descrição de uma francesa sobre como deixavam que os bebês morressem de fome.

Outros testemunhos afirmam que algumas mulheres eram "deixadas quase nuas na neve até morrerem" e outras tinham "germes de sífilis injetados na medula espinhal".

Coragem em meio ao desespero


Mulheres eram submetidas a crimes de gênero e a cruéis experimentos científicos

Em seu livro, Helm também destaca as histórias de bravura e de solidariedade, como a das "77 cobaias", que reúne ao mesmo tempo o melhor e o pior de Ravensbrück.

Em 1942, as prisioneiras passaram as ser usadas como cobaias em experimentos científicos. Em "operações especiais", elas tinham os músculos da pele cortados e eram inseridos vidro, madeira ou terra nos ferimentos. Algumas não recebiam tratamento e outras sim, com tipos de drogas diferentes.

Os experimentos se repetiram algumas vezes, mas quando chegou o momento de esconder as provas e matar as cobaias, todo o campo conspirou para escondê-las.

"Aqueles experimentos não provaram nada para a ciência, mas, sim, para a humanidade", escreve Helm.
Mas por que se sabe tão pouco sobre esse campo de mulheres?

Após o fim da guerra, história de Ravensbrück ficou escondida sob a cortina de ferro

"Uma das razões principais é que, depois dos julgamentos pelos crimes de guerra, que ocorreram imediatamente depois do fim da Segunda Guerra Mundial, começou a Guerra Fria, veio a cortina de ferro e Ravensbrück ficou do lado oriental – de modo que permaneceu, em grande medida, inacessível ao Ocidente", afirma a escritora.

"Os que estavam no leste da Alemanha não esqueceram de Ravensbrück, mas o converteram em um centro de resistência comunista, de maneira que as lembranças das mulheres ocidentais e das judias desapareceu por completo da história. Também desapareceu a história das alemãs que estiveram lá no início, que é uma das mais esquecidas."

Eram mulheres como a austríaca defensora dos direitos da mulher Rosa Jochmann, social-democrata e membro da Resistência; como Läthe Leichter, a feminista socialista mais famosa durante o período da "Viena vermelha", entre as guerras mundiais, e como a alemã Elsa Krug, uma prostituta que praticava BDSM (sigla em ingês para Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo), mas se recusou a bater nas outras prisioneiras.

"Ignorar Ravensbrück não é só ignorar a história dos campos de concentração, é também ignorar a história das mulheres", afirma Sarah Helm.

MULHERES DESABAFAM SOBRE ASSÉDIO SEXUAL EM DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO

De olhares insinuantes a abordagens ofensivas no transporte público até agressões como estupro, a violência sexual está no dia a dia de toda mulher. E para mostrar o constante medo feminino ao enfrentar situações banais como andar de ônibus ou usar vestido, a jornalista Thais Maranho reuniu depoimentos e os transformou em um documentário.

— Toda mulher já foi assediada na vida. E digo mais, ela não gostou do assédio. Eu sempre me senti incomodada com o machismo antes mesmo de saber o nome do meu incômodo. Quando comecei a entender o que era, da onde vinha, que tinha nome e que as mulheres em minha volta também se incomodavam, tomei essa atitude.

Thais escreveu um manifesto e enviou para amigos, convidando-os a compartilhar suas histórias. Reuniu os nomes de quem topou participar, voluntariamente, e conseguiu com um amigo um estúdio para filmar os depoimentos.

— Não houve nenhum tipo de patrocínio nem apoio, foi tudo na base da amizade e com o menor custo possível. Tanto que, em termos de qualidade de vídeo não ficou o ideal, mas foquei na mensagem.

O vídeo O Assédio foi disponibilizado no YouTube, e faz parte de um projeto maior chamado Efeito Dominó.

— Eu ainda estou pensando em qual vai ser a próxima abordagem, tenho algumas ideias mas nada no papel ainda. Mas, sim, outros vídeos virão e eu quero começar a mexer em algumas feridas ainda mais profundas.

O objetivo do trabalho é dar voz às mulheres que lidam com o assédio masculino.

— Eu não dirijo, portanto ando muito na rua e uso muito transporte público, e eu realmente fico incomodada com um simples olhar de um cara. Os homens precisam parar de “coisificar” a mulher, não somos objetos inanimados que estão à mercê dos caras, mas é assim que nos tratam. Então chega disso. Cansamos de ficar caladas, de nos fingir de mortas. Agora, se os caras querem entender, ouvir, mudar a atitude, aí é com eles. Da minha parte, eu precisava falar que não, não é legal, não é engraçado, não somos objetos e que isso tem que parar.

Fonte: http://agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/mulheres-desabafam-sobre-assedio-sexual-em-documentario-brasileiro/

Em Davos, ONU lança iniciativa sobre igualdade de gênero

“Impacto 10x10x10″ será um um projeto piloto de um ano, que vai engajar governos, corporações e universidades; atriz e embaixadora da ONU Mulheres explicou que meta é “colocar fim às persistentes desigualdades enfrentadas por meninas e mulheres no mundo”.

As Nações Unidas lançaram esta sexta-feira, no Fórum Econômico Mundial, uma nova campanha sobre autonomia feminina e igualdade de gênero. Batizada de “Impacto 10x10x10″, o projeto piloto terá a duração de um ano, com a meta de engajar governos, corporações e universidades para que sejam agentes influentes nas comunidades e assim, gerem mudança dos padrões atuais.

Em Davos, na Suíça, o secretário-geral da ONU explicou que o novo projeto é um braço da campanha “HeforShe”, ou “Ele por Ela”.

Papel

Segundo Ban Ki-moon, o mundo não irá mudar até que os homens comecem a pensar diferente sobre seu papel e sobre o que significa ser um homem. Ele ressaltou a importância do trabalho conjunto, para que os direitos das mulheres e a dignidade humana sejam respeitados e promovidos.

A atriz e embaixadora da ONU Mulheres também participou do lançamento da iniciativa em Davos. Emma Watson destacou que a liderança de governos, de universidades e de grandes empresas é essencial para se pôr um fim às desigualdades enfrentadas por meninas e mulheres.

Atitudes

Emma Watson declarou que gostaria de saber se os pais tratam seus filhos de forma igual; se os maridos apoiam suas mulheres para que elas possam alcançar seus sonhos e se os jovens se manifestam quando uma mulher não é tratada de maneira adequada.

A atriz informou que os homens envolvidos na nova iniciativa precisam fazer compromissos concretos em prol da igualdade de gênero. Foram anunciados os primeiros líderes globais do “Impacto 10x10x10″, que têm agora o papel de influenciar outros homens.

Trio de Impacto

Entre eles, o primeiro ministro da Holanda, Mark Rutte; o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma; o CEO da Unilever, Paul Polman e o presidente da Tupperware, Rick Goings.

Segundo a ONU Mulheres, o projeto prioriza órgãos legislativos e corporações, porque ainda existe uma lacuna entre homens e mulheres em cargos políticos e no ambiente de trabalho. As universidades participam do “trio de impacto” porque ao engajar jovens, é possível acelerar progressos para o alcance da igualde de gênero e do fim da violência contra mulheres.

http://agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/em-davos-emma-watson-lanca-nova-campanha-sobre-igualdade-de-genero/

Empresa assedia mulheres e recebe absorventes como resposta

Na internet, um movimento está convocando mulheres de todo o mundo a enviar absorventes (usados ou não) a uma empresa indiana que submeteu suas funcionárias a revista íntima para descobrir qual delas estava menstruada.

O incidente aconteceu no dia 10 de dezembro do ano passado, quando um absorvente foi encontrado no banheiro da fabricante de luvas de borracha Asma Rubber Private Limited, sediada na cidade de Cochim, no estado de Kerala.

Na Índia, existe uma crença de que mulheres menstruadas seriam impuras e poderiam contaminar lugares públicos.

Como nenhuma das funcionárias da empresa teria admitido voluntariamente ser a dona do objeto, todas aquelas que tinham menos de 50 anos precisaram passar por uma revista íntima, segundo o The Huffington Post. Cerca de 45 delas sofreram a averiguação.

No Facebook, para protestar contra o ato, o grupo de manifestantes Kiss of Love criou o evento "Red alert: You've got a napkin!" (Alerta vermelho: você ganhou um absorvente!). Nele, a comunidade divulga o endereço da Asma Ruber e pede que o artigo de higiene seja enviado aos montes para lá.

Um dos objetivos, segundo a descrição na página do movimento, é expor a tentativa dos diretores da companhia de escapar da investigação sobre o caso, jogando toda a responsabilidade para as duas supervisoras que ordenaram a revista íntima.

Elas estão sendo processadas, acusadas de "ultrajar o pudor" das mulheres, crime que, aqui no Brasil, seria equivalente a assédio ou abuso.

A empresa alega que a irregularidade não aconteceu e que tudo não passou de um plano das funcionárias para que suas chefes fossem despedidas.

O "Red alert" também chama a atenção para o fato de que a discriminação de mulheres por conta da menstruação é comum na Índia e diz ainda que a falta de condições sanitárias, e não só de higiene, é corriqueira nas companhias de lá.

"Muitos lugares nem sequer permitem que seus funcionários vão ao banheiro mais de duas vezes durante o horário de trabalho", diz o texto. O grupo classificou a revista como um "ato desumano".
Fonte: http://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/comportamento/empresa-assedia-mulheres-e-recebe-absorventes-como-resposta/ar-AA8rB0y

Aplicativo ensina a fazer plano de parto e denunciar violência obstétrica

Um aplicativo criado recentemente pretende facilitar a vida das mulheres que querem denunciar a violência obstétrica e buscar informações para conseguir o seu parto normal.

O aplicativo permite que a gestante tenha informações sobre o que é o parto normal e humanizado, onde encontrar uma doula e os grupos de apoio as gestantes e as puérperas.
Aplicativo ensina mulher a fazer o plano de parto (Foto: Reprodução)

Pelo celular ou tablet, é possível ainda saber mais sobre os tipos de violência obstétrica, como realizar uma cesárea sem necessidade, amarrar a mulher durante o trabalho de parto, fazer manobra de Kristeller, exames de toque em excesso, entre outros. No serviço ainda há um serviço informando onde denunciar caso seja vítima de algum tipo de violência antes, durante e após o parto.

O aplicativo chamado Parto Humanizado foi desenvolvido com o apoio da Artemis (entidade de defesa dos direitos das mulheres). Nele, é possível ainda que a gestante que quer um parto normal faça com facilidade o seu plano de parto – documento que é dado ao médico para avisar o que a mulher quer durante o trabalho de parto e o parto.

No plano de parto constam informações como se ela deseja anestesia, quem será o acompanhante, entre outros dados.

Segundo um dos criadores do aplicativo, o programador Sergio Holanda, a ideia é que a mulher possa encaminhar, por exemplo, para o seu e-mail e de seu médico também. Ele conta que o aplicativo nasceu com a participação de mulheres que lutam contra a violência obstétrica. “Normalmente são mulheres que sofreram violência em seus partos”, conta Sergio.

Por enquanto, a plataforma pode ser baixada apenas o sistema Android, mas a ideia é que em breve também esteja disponível para Iphone e Windows Phone.
Fonte: http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/01/28/aplicativo-ensina-a-fazer-plano-de-parto-e-denunciar-violencia-obstetrica/

27 de janeiro de 2015

Presença feminina é cada vez maior no meio militar

O primeiro registro de uma mulher brasileira em combate ocorreu em 1823, quando Maria Quitéria de Jesus lutou pela manutenção da independência do Brasil. Ela é considerada a primeira brasileira a assentar praça em uma unidade militar.

Mas a história das mulheres nesse setor está recheada de outras conquistas. Durante a 2ª Guerra Mundial, 73 enfermeiras serviram como volun­tárias em hospitais do exército norte-americano. Após a guerra, a maioria delas foi condecorada e recebeu a patente de oficial, sendo licenciadas do serviço militar ativo.

No caso da Marinha, as mulheres começaram a ocupar os quadros a partir de 1980, quando o ingresso na Força foi regu­lamentado por lei. Atualmente, a Força Naval conta com 6.981 mulheres militares. Já a Força Aérea Brasileira (FAB) criou o Corpo Feminino da Reserva da Aero­náutica (CFRA) em 1981, absorvendo, no ano seguinte, sua 1ª turma, composta por 150 mulheres de diversas formações: psicólogas, enfermeiras, analistas de sistemas, assistentes sociais, fonoau­diólogas, nutricionistas e biblioteconomistas, entre outras.

No Exército, a primeira turma de formação envolvendo mulheres foi aberta em 1992, com 49 alunas. Em 1996, a Força Terrestre instituiu o serviço militar feminino voluntário para médicas, dentistas, farmacêuticas, veterinárias e enfermeiras de nível superior. Nesse mesmo ano, incorporou a primeira turma de 290 voluntárias para prestarem o serviço militar na área de saúde. De lá para cá, o número de mulheres no Exército só aumentou, alcançando o patamar de 5.400 integrantes. 

Um dos crescimentos mais notórios, no entanto, deu-se na FAB, cujo número de oficiais do segmento feminino saltou de 3.662, em 2003, para 9.299, em 2012. A Aeronáutica é, atualmente, a Força Armada que registra a maior participação feminina em seus quadros – inclusive, em postos de destaque, como pilotos de caça.

21 de janeiro de 2015

70% das adolescentes brasileiras mães estão fora da escola, divulga Unicef

(Rádio ONU, 19/01/2015) Fundo da ONU para a Infância e Instituto de Estatísticas da Unesco lançam relatório sobre crianças fora da escola; no mundo, 121 milhões de crianças e adolescentes não frequentam as salas de aula.

No mundo, 63 milhões de adolescentes entre 12 e 15 anos têm negado seu direito à educação, segundo um relatório divulgado esta segunda-feira pelo Fundo da ONU para a Infância, Unicef e o Instituto de Estatísticas da Unesco.

O documento afirma “estar claro” que meninas que engravidam têm a tendência de abandonar a escola, citando como exemplo o caso do Brasil. No país, mais de 70% das adolescentes entre 10 e 17 anos que se tornaram mães estão fora das salas de aula.

Meta

No mundo, um em cada cinco adolescentes não frequentam a escola, comparado com uma em cada 10 crianças do ensino primário. O relatório mostra ainda que quanto mais velhas, o risco dessas crianças de nunca voltar à escola aumenta.

Um total de 121 milhões de crianças e adolescentes sequer começaram a frequentar a escola ou abandonaram os estudos, apesar da promessa da comunidade internacional de alcançar a meta da Educação para Todos até o final deste ano.

Situações

Segundo o Unicef e a Unesco, crianças de países em conflito, com deficiência, que enfrentam discriminação ou ligadas ao trabalho infantil são as mais afetadas.

As taxas mais altas foram observadas na Eritreia e na Libéria, onde 66% e 59% das crianças não frequentam a escola primária. Já no Paquistão, 58% das garotas entre 12 e 15 anos estão fora da escola, contra 49% dos garotos.

Medidas

O documento afirma que no Brasil, a taxa de menores do ensino primário e secundário fora da escola era de apenas 2,4% em 2009, o que representava 730 mil crianças. Já entre menores de 7 a 14 anos que trabalham, o índice sobe para 4%.

Para o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, é necessário compromisso global em três áreas: colocar mais crianças na escola primária; ajudar que permaneçam no ensino secundário e melhorar a qualidade do aprendizado.

A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, declarou que o relatório é um chamado para mobilizar recursos que garantam educação básica para todas as crianças.

Leda Letra.