No dia 19 de setembro, a presidenta da República Dilma Rousseff participou do Colóquio de Alto Nível sobre a Participação Política de Mulheres. Durante o discurso, ela disse que tem se empenhado “para aumentar a participação feminina nas instâncias decisórias”. Dilma Roussef está em Nova York (EUA) para participar da Assembleia Geral da ONU e de eventos promovidos pelas Nações Unidas e instituições privadas, além de encontros bilaterais com chefes de Estado e de Governo.
Durante sua fala, a presidenta destacou a composição ministerial de seu governo.
"Tenho me esforçado para ampliar a contribuição feminina nos espaços decisórios. Dez ministérios do meu governo são comandados por mulheres. Em especial, quero enfatizar que o núcleo central do meu governo é constituído por mulheres ministras", afirmou, mas ressalvou que, no país, "ainda há muito a ser feito". "Fui eleita a primeira mulher presidente do Brasil 121 anos depois da proclamação da República e 68 anos depois da conquista do voto feminino. Somos 58% dos eleitores, mas apenas 10% do Congresso Nacional”, informou.
PRIORIDADE – Também afirmou que a questão de gênero está "longe de ser um tema acessório", mas uma "prioridade na agenda internacional". "São as mulheres as que mais sofrem com a pobreza, o analfabetismo, as falhas dos sistemas de saúde, os conflitos e a violência sexual. A crise econômica e as respostas equivocadas a ela podem agravar esse cenário", disse.
Ao lado da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e da diretora-executiva da ONU Mulher, Michelle Bachelet, ela elogiou a criação da ONU Mulher e disse que a questão de gênero é uma prioridade da agenda interna. No discurso, citou a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres "para incorporar a perspectiva de gênero em todas as políticas públicas" e reafirmou medidas de auxílio às mulheres na área da saúde.
Dilma falou que iniciou o governo com o desafio de erradicar a pobreza e "que são as próprias mulheres, que sofrem com a pobreza, das políticas voltadas para a sua separação".
Segundo ela, a existência de conflitos armados, cada vez mais, faz das mulheres e crianças vítimas. Ela citou iniciativas tomadas no Brasil para a proteção das mulheres tais como a criação de delegacias especializadas e a aprovação da Lei Maria da Penha. "As mulheres são especialmente interessadas na construção de um mundo mais pacífico e seguro. Quem gera a vida não aceita a violência como meio de solução de conflitos. Por isso devemos nos engajar na reforma da governança global, para que a comunidade internacional tenha mecanismos mais representativos e eficazes”, ressaltou.
DESENVOLVIMENTO E SAÚDE - Pela manhã, em seu discurso, Dilma abordou ações na área de doenças crônicas, que é “fundamental” aliar políticas de saúde a programas de desenvolvimento social. A uma plateia de chefes de Estado Dilma destacou que é maior entre a população pobre a incidência de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e câncer.
“Essa reunião deve produzir passos decisivos para redução das doenças crônicas não transmissíveis. A incidência desproporcional dessas doenças entre os mais pobres demonstra a necessidade de respostas integrais ao nosso problema. É fundamental que haja coordenação entre políticas de saúde àquelas destinadas a lidar com os determinantes socioeconômicos dessas enfermidades”, disse a presidenta.
A partir desta segunda, a presidente terá diversas reuniões bilaterais com outros chefes de Estado e, nesta quarta-feira, 21, será a primeira mulher a fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. A agenda nos Estados Unidos inclui também uma série de reuniões sobre segurança nuclear, participação das mulheres na política e aquecimento global.
(Com informações do Blog do Planalto)
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