16 de outubro de 2013

SPM e governo do RS lançam Observatório estadual para erradicar a violência contra a mulher

Ações planejadas para enfrentar a violência contra a mulher a partir da sistematização de dados. Esse é o objetivo do primeiro Observatório estadual da Violência contra a Mulher, lançado pelo governo do Rio Grande do Sul em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em dez de outubro. 

Criado pela Divisão de Estatística Criminal da Secretaria da Segurança Pública/RS, o observatório fará o levantamento e análise de índices relacionados ao tema. Os dados são atualizados diariamente e as informações são repassadas todas as semanas para a Polícia Militar, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias e Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe). 

Dentro de todo o universo de ocorrências policiais, o setor trabalha com enfoque em ameaça, lesão corporal, estupro, feminicídio - morte de mulheres em razão do sexo (feminino). É a primeira vez que estado faz esse tipo de levantamento de gênero, com ações conjuntas e transversais.

Em desenvolvimento desde o final de 2012, o trabalho já salvou a vida de pelo menos três mulheres este ano. "O agressor tinha sido liberado do presídio e tivemos a informação de que se vingaria da companheira. Passamos a monitorá-lo e acionamos a Patrulha Maria da Penha, que o flagrou perto da casa da vítima, com uma faca, escondido atrás de uma árvore", aponta o coordenador do observatório, Luís Fernando de Oliveira Linch, referindo-se a um caso ocorrido há três meses, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

O secretário da Segurança Pública, Airton Michels, disse que, por determinação do governador Tarso Genro, a questão de políticas para as mulheres é uma das prioridades: "Para obter resultados diferentes, é preciso atuar em frentes além das tradicionais, como o policiamento ostensivo". Ele destaca diversos projetos pioneiros que atuam na prevenção da violência doméstica, na atenção às vítimas e no pós-delito, com o encaminhamento para a rede de atendimento. Para o secretário, o aumento do registro de ocorrências é visto como positivo, na maioria dos casos. "É sinal de que as campanhas e ações do governo estão funcionando. As agressões sempre ocorreram e a diferença é que agora, com mais informações e a Lei Maria de Penha, as mulheres estão perdendo o medo e denunciando". 

Observatório

A qualificação dos dados de gênero feita pelo laboratório permite ao governo do Estado sistematizar o conhecimento, planejando o uso de recursos com ações integradas para erradicar a violência contra a mulher. Quatro servidores técnicos trabalham na atualização e análise dos dados no observatório. Com isso, é possível diagnosticar informações criminais referentes à região, perfil da vítima, do agressor, entre outros. "Com isso em mãos, podemos nos antecipar e evitar mortes", afirma Linch. De acordo com o secretário Michels, o observatório permitirá ao governo criar novas políticas públicas e ajustar as que já existem "para obter resultados cada vez mais eficientes na proteção à vida das mulheres".



Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR

Gaúchas devem realizar mamografia a partir dos 40 anos

No Outubro Rosa, movimento mundial surgido na década de 90 em Nova York para conscientização sobre o câncer de mama, as mulheres gaúchas são alertadas para a importância da realização da mamografia e do exame clínico para o diagnóstico precoce do câncer de mama a partir dos 40 anos. Enquanto nos demais estados do Brasil a mamografia é indicada a partir dos 50 anos, o Rio Grande do Sul definiu, por lei estadual, que o rastreamento da doença deve iniciar aos 40.
Segundo o coordenador da Seção da Saúde da Mulher da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Fernando Anschau, esta alteração na faixa etária para a realização da mamografia foi motivada pelos dados e estatísticas da doença. "As gaúchas com 40 anos ou mais representam 36% do total de casos de câncer de mama", justifica.
A mamografia é a radiografia da mama e permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial. O diagnóstico precoce é uma estratégia que contribui para a redução do estágio de apresentação do câncer.
"Quando identificado em estágios iniciais, o câncer tem um prognóstico mais favorável e elevado percentual de cura", complementa Anschau. O primeiro passo é procurar o serviço de saúde mais próximo, onde os exames serão solicitados e encaminhados aos locais para a realização.
Ampliação de mamografias
O Rio Grande do Sul possui mais de 250 mamógrafos, sendo 123 do Sistema Único de Saúde (SUS). "A Organização Mundial da Saúde prevê um mamógrafo para cada 240 mil habitantes. No Estado, temos 50 mamógrafos para cada 240 mil, isto quer dizer que temos mamógrafos suficientes", informa Anschau. "O nosso desafio é fazer cada gaúcha com mais de 40 anos chegar a fazer o seu exame de dois em dois anos", ressalta o coordenador da Saúde da Mulher.
Desde 2008, o Rio Grande do Sul conta com um programa de qualidade das mamografias, conduzido pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, administrado pela SES, com resultados positivos ao longo dos últimos anos no controle da qualidade dos serviços que oferecem os exames.
Os registros sobre a realização de mamografias pelo SUS no RS apontam uma ampliação desde 2010, quando foram realizados 280 mil exames. O número foi de 316 mil em 2011 e de 330 mil no ano passado. Em 2013, só no primeiro semestre, foram 197mil exames, devendo chegar a 400 mil este ano.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é considerado um dos mais agressivos e o segundo tipo mais frequente no mundo. No Brasil, as taxas de mortalidade por este tipo de câncer continuam elevadas, provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. No Rio Grande do Sul, anualmente são registrados 80 casos para cada cem mil mulheres, sendo o câncer de mama a causa do óbito de mais de 1,1 mil mulheres por ano no RS.
Sintomas
Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante à casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
A mamografia é um exame deve ser repetido de dois em dois anos.O diagnóstico precoce do câncer de mama permite intervenção oportuna e tratamentos menos mutiladores. Segundo o Inca, quando diagnosticado precocemente, há até 95% de chance de cura.
Desde o dia 2 de outubro, o Palácio Piratini está todo iluminado de rosa a fim de alertar para o combate e à prevenção do câncer de mama. A iniciativa é uma parceria das Secretarias de Políticas para as Mulheres, da Saúde e do Instituto de Previdência do Estado. A iluminação cor de rosa remete à cor do laço que mundialmente simboliza a luta contra o câncer de mama. No Brasil, a ação acontece desde 2002, quando um grupo de mulheres simpatizantes à causa da prevenção do câncer de mama iluminou o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo.

Texto: Assessoria SES 
Foto: Priscila da Silva
Edição: Redação Secom (51) 3210 4305

7 de outubro de 2013

Nova ferramenta para o enfrentamento da violência contra a mulher em BG


A partir desta segunda-feira, 07, o site da Prefeitura de Bento Gonçalves conta com mais uma ferramenta para auxiliar nas denúncias de violência contra a mulher. De forma anônima, as situações poderão ser denunciadas a partir do preenchimento de um formulário online.

Conforme a psicóloga do Centro Revivi, Sandra Giacomini, a ferramenta tem por finalidade promover o direito das mulheres de viver sem violência, além de conscientizar a população sobre a importância da participação de todos no enfrentamento do problema. "Para sua eficiência, essa ferramenta necessita da contribuição de todos. Como cidadãos, devemos assumir a responsabilidade de denunciar situações que ferem os direitos humanos", destaca.  

A psicóloga ainda ressalta que familiares, vizinhos, amigos e colegas de trabalho que reconhecerem que mulheres de sua convivência estão sendo submetidas a situações de violência doméstica poderão, de forma anônima, relatar a sua preocupação através do preenchimento de um formulário no site.  Na denúncia é preciso fornecer obrigatoriamente o nome, telefone e endereço da vítima, além de relatar o que ela vem sofrendo. Conforme dados do Revivi os femicidios que aconteceram no Município em 2013 foram decisivos para a criação da ferramenta. Das três mulheres que morreram assassinadas neste ano, apenas uma delas havia acessado a rede.

Para coordenadora da Coordenadoria da Mulher, Regina Zanetti, a ferramenta é uma forma de expandir o serviço de acolhimento às mulheres vítimas violência. "Precisamos unir esforços para chegar até aquelas mulheres que por vergonha, por medo , pela grave situação de opressão  vivida, pelo não reconhecimento das vivencias como de violência, não acessam a Rede de serviços de proteção e a Lei Maria da Penha", finaliza.

As denúncias serão acompanhadas com o uso da viatura da Rede Lilás, entregue à Coordenadoria dos Direitos da Mulher (CDM) em julho pelo governo do Estado. Ao ser informado o Centro REVIVI fará contato com a vítima apresentando e oferecendo os serviços da Rede.  Acessehttp://www.bentogoncalves.rs.gov.br/contato-revivi.