30 de janeiro de 2013

Ações de divulgação contra violência doméstica ganharão destaque em 2013

Fruto de uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), a campanha Compromisso e Atitude: A Lei é Mais Forte prevê, já para o início de 2013, agenda cheia de ações para fomentar ainda mais o combate à violência doméstica no Brasil. Uma delas é incentivar os diversos tribunais do júri a priorizarem o julgamento dos processos criminais que envolvem assassinatos de mulheres.
“Um dos nossos objetivos é acompanhar o julgamento dos casos de homicídios femininos em curso nos tribunais do júri. A conclusão desses processos é necessária para fixar, perante a população, a ideia de que esses crimes terão consequência. Essa é uma forma de coibir a sensação de impunidade”, explicou a juíza Luciane Bortoleto, convocada pelo CNJ para auxiliar no desenvolvimento das ações relacionadas à Lei Maria da Penha.  
   
A campanha Compromisso e Atitude foi lançada no início de agosto, em Brasília, para comemorar os seis anos da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006). Ao longo dos seis últimos meses foi lançada nas cinco regiões do país, nos estados que registraram as maiores taxas de homicídios femininos, segundo o Mapa da Violência, uma pesquisa realizada pelo Instituto Sangari, sob a coordenação da SPM.

Segundo o estudo, de 1980 a 2010 aproximadamente 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, sendo 43,5 apenas na última década. A pesquisa também aponta que 68,8% dos incidentes aconteceram na residência, o que leva à conclusão de que é no âmbito doméstico onde ocorre a maior parte das situações de violência experimentadas pelas mulheres.
O primeiro lançamento regional ocorreu na sede do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, no fim de agosto. De acordo com o estudo da SPM, essa unidade da federação lidera o ranking nacional de homicídios femininos, com a taxa de 9,4 assassinatos para cada 100 mil mulheres.

Os lançamentos tiveram sequência em Alagoas, estado do Nordeste com índice de assassinatos de 8,3 para cada 100 mil mulheres, e no Pará e no Mato Grosso do Sul, estados das regiões Norte e Centro-Oeste, respectivamente, que registraram taxa de homicídio de 6,0 para cada 100 mil mulheres.

Os lançamentos regionais terminaram no Paraná, estado da Região Sul que apresentou índice de assassinato de 6,3 para cada 100 mil mulheres. Nesta unidade da federação, o lançamento marcou o início do funcionamento do portal da campanha Compromisso e Atitude (www.compromissoeatitude.org.br). Destinado aos profissionais do Direito, principalmente aqueles que não têm familiaridade com a Lei Maria da Penha, mas que, em algum momento, têm de lidar com ela, o portal reúne notícias, informações sobre a legislação referente à violência contra a mulher e jurisprudência.

“Nossa intenção é que o portal seja ferramenta completa de acesso para o público, entretanto mais voltado para o operador do direito. O portal vai ser de grande contribuição, principalmente para os profissionais que trabalham com uma gama de assuntos e não especificamente com a lei”, explicou Luciane.

No âmbito do CNJ, a campanha Compromisso e Atitude e demais ações relacionadas à Lei Maria da Penha são coordenadas pela Comissão de Acesso à Justiça e à Cidadania. O órgão é presidido pelo conselheiro Ney Freitas.

Giselle Souza
Agência CNJ de Notícias

28 de janeiro de 2013


Produtos de limpeza se adaptam a uma era de homens 'donos de casa'


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Foto: Procter & Gamble

Lembre-se: "Na alegria e na tristeza" também se aplica às tarefas domésticas.
Os fabricantes de produtos de limpeza doméstica estão observando com atenção uma importante mudança comportamental nos lares americanos — uma nova divisão, lenta, mas constante, das tarefas domésticas, com mais homens lavando pratos, esfregando o chão e lavando a roupa.

As esposas, em tese, deveriam se alegrar. Mas, depois de várias gerações reclamando de ter que fazer a maior parte do trabalho de casa, muitas acham difícil parar de administrar tudo nos mínimos detalhes.

As fabricantes de produtos de limpeza, tendo em jogo bilhões de dólares em vendas, estão reconhecendo que os homens — muitos dos quais continuam subempregados na economia americana pós-recessão — também são clientes importantes. As empresas estão remodelando seus produtos e sua publicidade para ajudar os homens a decifrar tarefas de limpeza desconhecidas, e dar às mulheres mais paz de espírito ao delegar essas tarefas.

Em 2011, os homens americanos relataram que faziam, em média, 16 minutos diários de trabalho doméstico, um aumento de dois minutos em relação a 2003. As mulheres faziam 52 minutos de trabalho doméstico por dia, em média — uma redução de seis minutos no mesmo período, de acordo com o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos. 

Em uma pesquisa de 2011, 57% das mulheres do país disseram que querem que seu parceiro ou cônjuge as ajude com mais frequência, de acordo com a S.C. Johnson & Son, fabricante do Scrubbing Bubbles, um produto de limpeza de chão, que entrevistou 1.500 mulheres e 500 homens. No entanto, 42% das mulheres disseram que não confiam que seu parceiro ou cônjuge consiga atingir os padrões de limpeza que elas consideram necessários.

Este ano, a Procter & Gamble introduziu o sabão de lavar roupa Tide Pods, em parte para atender às mulheres que dizem sentir muito estresse ao delegar a responsabilidade de lavar a roupa ao marido e outros familiares. Os sachês Tide Pods, de dose única, eliminam a necessidade de despejar e medir o produto — reduzindo a preocupação de algumas mulheres de que a outra pessoa use o produto em excesso, ou muito pouco. Outro produto que ajuda a delegar tarefas é a barra Bounce, da P&G, um amaciante de tecidos que se instala na secadora de roupas e dura meses.

"A mulher fica muito nervosa pensando que outra pessoa vai lavar sua roupa, pois ela tem a sua receita especial para fazer isso", diz Shellie Porter, chefe de pesquisa e desenvolvimento para a marca Tide na América do Norte.


Linha de sabão de lavar roupa Tide vem com sachês que eliminam a necessidade de medir a quantidade de líquido para cada lavada, facilitando a vida do 'dono de casa'.

O entusiasmo dos homens pelos novos dispositivos de limpeza está influenciando as compras das famílias. Uma porta-voz da fabricante de aspiradores de pó Dyson diz que quando se trata de comprar um aspirador de tamanho normal, as mulheres tomam a dianteira. Mas os homens dividem com elas as decisões na hora de comprar um aspirador sem fio – sugerindo uma predileção masculina por esse aparelho prático.

Hoje os homens americanos fazem, em média, quase um terço do trabalho doméstico, diz Scott Coltrane, autor, sociólogo e reitor da Universidade do Oregon. É um aumento em relação a menos de um quinto, em média, em 1965, quando as tarefas masculinas se resumiam a levar o lixo para fora e cuidar do quintal. Os dados sugerem que essas mudanças serão duradouras, diz Coltrane. "Os papéis associados a cada gênero acabam caindo quando não fazem mais sentido."

As mulheres costumam dar mais importância ao trabalho doméstico do que os maridos porque elas são julgadas com mais severidade se a casa estiver suja ou desarrumada, diz o autor e psicólogo Joshua Coleman. "O estado da casa ainda pode ser algo muito ativo na identidade de uma mulher, e isso é verdade nas mais diversas classes sociais e níveis educacionais", diz ele.

É mais provável que uma casa desarrumada faça a mulher sentir mais constrangimento ou vergonha do que o marido, mesmo que ele seja o principal culpado, diz Coleman. Negociar a divisão de tarefas requer sutileza e diplomacia por parte da mulher. "Quanto mais exigente for a mulher sobre como a casa deve ficar e a maneira certa ou errada de limpá-la, mais provável é que o homem se afaste da mesa de negociações ", diz ele.

A P&G lançou recentemente a campanha "Man Up, Clean Up" ("Seja homem, limpe") para os esfregões e espanadores Swiffer. Ela exorta os homens a assumir mais tarefas domésticas, mas fala com as mulheres, também. "Algumas pessoas podem hesitar um pouco em delegar tarefas de limpeza porque têm um padrão de qualidade muito alto", diz Scott Beal, diretor associado de marketing para a Swiffer na América do Norte. "A mensagem da Swiffer é que, não importa quem esteja manejando o produto, o resultado será o esperado."

Este ano, os maridos estão lavando roupa em comerciais da Tide — pela primeira vez na história da marca, de 66 anos de existência. Em um anúncio, um pai que é dono de casa se gaba: "As roupas ficam incríveis, e o papai — bem, ele é um herói". 

"Estamos tentando refletir esse novo lar, tanto quanto possível", diz Chris Lillich, diretor associado de marketing da P&G para produtos de lavanderia na América do Norte. "E esses pais não são uns inúteis; são homens de verdade, que sabem o que estão fazendo". 

A Kimberly-Clark, fabricante das fraldas Huggies, informa que, segundo suas pesquisas, cerca de um terço dos pais participa de maneira significativa, ou igual, na criação dos filhos. "Vimos a conexão emocional que podemos conseguir com as mães quando transmitimos esses momentos de ternura que o pai pode ter com o bebê", diz Aric Melzl diretor da marca Huggies. Um anúncio mostrando pais de verdade ninando seus bebês agradou também às mães. "Internamente, chamamos este anúncio de 'fazedor de bebês'", diz Melzl.

Há mais empresas querendo garantir que os homens estejam representados nas suas pesquisas com o público geral. Hoje os homens constituem, de modo geral, cerca de 20% das amostras, contra zero há três anos, diz Jonathan Asher, vice-presidente executivo da Perception Research Services, firma de pesquisas com consumidores. Os clientes homens passam menos tempo escolhendo produtos do que a mulheres, e fazem menos planejamento prévio. Em compensação, os homens mostram mais lealdade à marca, diz Asher.

Bob Horwitz e sua mulher, Tami, trabalham em tempo integral e dividem o trabalho doméstico. "Eu faço as camas, limpo o banheiro e passo aspirador de pó", diz Horwitz, executivo de marketing de 59 anos, de Minneapolis, no Estado americano de Minnesota. "Ela tira o pó dos móveis e cuida da cozinha." Os dois lavam a roupa juntos aos domingos.

Horwitz diz que quando está fazendo limpeza, sua técnica é criar pilhas de papéis e tranqueiras. "Eu odeio essas pilhas", diz sua esposa, de 51 anos, gerente de produto de uma firma de artigos para a saúde. "Eu passo por esses montinhos e me dá um arrepio. Mas contanto que a limpeza seja feita, e seja bem feita, não me importo de que modo ela é feita."

Fonte:  The Wall Street Journal 

http://online.wsj.com/article/SB10001424127887324640104578161684142143030.html


25 de janeiro de 2013


Coordenadoria da Mulher


O que é?
 A Coordenadoria da Mulher de Bento Gonçalves foi criada em 22 de março de 2007, pela Lei Municipal n° 4104, com a finalidade de assessorar, assistir, apoiar, articular e acompanhar ações e políticas voltadas á mulher.Ligada à Secretaria da Habitação e Assistência Social tem a função de atuar nos Programas Prioritários de Governo Municipal, Estadual e Federal, visando a promoção dos direitos da mulher, a eliminação das discriminações que a atingem, bem como sua plena integração na vida socioeconômica e político-cultural.

Objetivo
 Tem por objetivo atuar na implementação das políticas públicas de gênero, buscando a integração e unicidade das ações governamentais, estimulando uma mudança de cultura nos órgãos públicos que prestam atendimento às mulheres, reconhecendo as situações discriminatórias e elaborando políticas que combatam a discriminação e promovam a cidadania da mulher.

Atuação 

A CDM atua em parceria com os movimentos organizados de mulheres na promoção da igualdade dos direitos, oportunizando espaço para a visibilidade das demandas e formulando propostas para a efetivação nas políticas públicas.
Esta atuação se dá de forma transversal no conjunto das ações dos demais órgãos com a Rede de Atenção à Mulher, para que a abordagem da violência contra as mulheres seja eficaz em sua integridade.
Atua como parceiro do Centro de Referência para Mulheres que vivenciam a violência REVIVI

            O que é o REVIVI?
            O Centro REVIVI, foi criado em 09 de novembro de 2007 pela Lei Municipal n° 4.230, destinado a operacionalizar os objetivos da Política de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Trata-se de um espaço de referencia que proporciona acolhimento, atendimento psicossocial e de orientação às mulheres que vivenciam violência.
O Centro REVIVI se propõe a contribuir com o fortalecimento da mulher e o resgate de sua cidadania, articulando para tanto, a Rede de Atenção à Mulher do Município. O atendimento é inicialmente oferecido de forma individual atendendo a demanda espontânea ou encaminhamentos feitos pela própria Rede. Mantem-se um trabalho de grupo de apoio para aquelas mulheres que desejarem seguirem vinculadas ao serviço.
O Centro de Referência atua ainda com atividades de sala de espera junto ao Poder Judiciário nas datas agendadas para a audiência da Lei Maria da Penha, desenvolve ainda um Encontros Reflexivos de Gênero junto há homens autores de agressão, um projeto da rede Interinstitucional da Implementação da Lei Maria da Penha.
O REVIVI, desenvolve ainda palestra em vários segmentos da comunidade levando informações sobre o direito a uma vida sem violência.
Atualmente compõe a equipe do centro Revivi as psicólogas: Sandra Adelina Giacomini e Graciele Nondillo.

24 de janeiro de 2013

Coordenadoria da Mulher sob novo comando

A Prefeitura de Bento Gonçalves, por meio da Secretaria de Habitação e Assistência Social, informa que a Coordenadoria da Mulher de Bento Gonçalves está sob nova coordenação. A Sra. Regina Zanetti, está à frente dos trabalhos da instituição. Criada em 22 de março de 2007, a coordenadoria tem a finalidade de assessorar, assistir, apoiar, articular e acompanhar ações e políticas voltadas á mulher. 
Foto: Gustavo Bottega

Segundo a coordenadora, o órgão atua em parceria com os movimentos organizados de mulheres na promoção da igualdade dos direitos, oportunizando espaço para a visibilidade das demandas e formulando propostas para a efetivação nas políticas públicas.
A instituição atua em parceria com os outros órgãos da Rede de Atenção a Mulher, entre eles o Centro de Referência para Mulheres que vivenciam a violência REVIVI.